segunda-feira, 12 de agosto de 2013

AQUATHLON GUARUJÁ


Haviam se passado dois meses desde que corri minha última prova de biathlon em Santos. Estava bastante apreensivo por ter me machucado naquela etapa, o que me tirou dos treinamentos fortes durante todo esse tempo.
A prova do Aquathlon do Guarujá, neste final de semana, foi marcada por muita expectativa, pois ainda sentia muitas dores no calcanhar direito e quase não treinei corrida. Para compensar, procurei intensificar bastante a natação, pois pensei: "saindo bem da água, posso correr com um pouco mais de conforto".
Antes mesmo de iniciar a prova, ainda no aquecimento, senti dores no calcanhar, portanto tinha certeza que aquela, seria uma prova muito dura, ainda mais do que já é. Fiz o que pude para largar e estar bem na frente, como sempre. Para completar a difícil missão, o clima mudou repentinamente, devido a uma frente fria que entrou, deixando o mar bastante mexido.
Ondas altas quebravam logo depois das bóias, rolando forte em quatro cristas, deixando todos os competidores, principalmente as mulheres, de cabelos arrepiados. E não deu outra. Assim que deram a largada para as mulheres, 80%  não conseguiram ultrapassar as rebentações e tiveram que abandonar a prova, para total desespero das mesmas. Algumas mais afoitas, ainda conseguiram com muita luta, vencer os obstáculos e terminar o trecho de natação.
Em seguida, foi a nossa largada. Já nadei várias provas em mar e já tinha noção do que viria. Pensei: "para mim vai ser fácil, mas para quem não tem muita intimidade, o bicho vai pegar".
Todos prontos. Dedos no botão de start do cronometro. Foi dada a largada. Foi um verdadeiro alvoroço. Eu não sabia ao certo se nadava ou dava braçadas nas costas dos competidores ao meu lado, até a primeira boia. Depois, nadando de lado para as ondas, a cada sequência de braçadas, uma caia no vazio, e, consequentemente, em cima de alguém. Chegou a ser engraçada aquela situação, mas estava tirando proveito dela, por ter passado por muitas outras iguais. Quando saí da agua para a transição da corrida, estava entre os primeiros competidores.
Calcei o tênis. Nas primeiras passadas pensei que tudo iria dar errado, por causa da dor no calcanhar, mas foi uma mágica que aconteceu, pois não sentia nada. De qualquer maneira, não poderia correr forte, pois não havia treinado o suficiente para isso. Mas o meu senso de competição falou mais forte e, como eram apenas 3 quilômetros, corri forte o tempo todo, inclusive dando o máximo de mim próximo ao final.
O circuito da corrida foi bastante inusitado, com a primeira parte na areia da praia e a volta pelo calçadão, junto a orla marítima.
Estava me sentindo forte apesar de tudo. Acho que pelo fato de minha mulher Eliana estar me aguardando na chegada, fez com que eu corresse com mais afinco. Aliás, ela é meu grande incentivo, minha musa inspiradora, em todas as coisas, em todas as provas. Obrigada Linda, por todo apoio!
Cruzei a linha de chegada com o tempo de 20:52'', em primeiro lugar na minha categoria, 50/54, e 17° colocado na geral, para minha surpresa!
Foi sem dúvida uma prova daquelas que você nunca esquece, e vai sempre contar para seus amigos.


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